sexta-feira, 15 de junho de 2007

Aspectos sociais e econômicos do Equador atualmente

O Equador vive um momento que se caracteriza pela arrecadação massiva de recursos provenientes de várias fontes. No cenário internacional, nestes últimos anos e particularmente na atualidade, fomos especialmente favorecido. Temos preços de petróleo muito altos que geram renda adicional à economia. Estas arrecadações petroleiras, além disso, têm aumentado de maneira vertiginosa. Calcula-se que em 2006 haja uma arrecadação adicional de 900 milhões de dólares e lá por 2007 poderia chegar inclusive aos 2 bilhões de dólares (se forem mantidos os preços atuais), por efeito das reformas da lei de hidrocarbonetos que permitiram uma participação proporcional ao Estado nos ganhos extraordinários provocados pelo aumento dos preços de petróleo. Mas essa participação proporcional, é necessário dizer que, é ainda demasiada generosa para as empresas transnacionais. A economia equatoriana também está recebendo um importante fluxo de recursos provenientes do trabalho de nossos compatriotas no exterior. Os emigrantes estão mandando cada vez mais dinheiro para a economia geral. Segundo o Banco Central, estima-se para as remessas de 2005 1,7 bilhões de dólares. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) calcula depósitos perto de 2 bilhões de dólares. Uma terceira quantia de recursos que também fluem para a economia equatoriana tem a ver com o aumento do endividamento externo privado. Quando começou a dolarização em 2000, o endividamento externo privado beirava os 2 bilhões de dólares. Na atualidade, estaria superando 8 bilhões de dólares. Então, por isso, temos um novo aumento de arrecadação. Entretanto, a economia equatoriana, em muitos aspectos, está em um processo de recessão. A maior parte dos recursos está sendo canalizada às atividades de exportação primária, mesmo petróleo e outras atividades primárias, que são muito reduzidas em impacto macroeconômico de geração de emprego e com pequena vinculação ao resto da economia. O Equador atravessa uma situação de "maldição da abundância" e poderíamos dizer definitivamente que somos um país pobre, mas rico em recursos naturais. Rico em recursos naturais com uma sociedade que não conseguiu integrar a atividade exportadora ao resto da economia, que não foi capaz de distribuir de forma igualitária a renda gerada pelas exportações, uma sociedade em que não há esquemas para fortalecer os processos democráticos. Estamos vendo, então, que as características desta sociedade aprofundam-se : o clientelismo, o autoritarismo, o rentismo, a voracidade dos grupos
dominantes.
A tabela abaixo mostra as exportações do Equador de 1990 até 2001:

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Um pouco da cultura de Cuba

CUBA - ARTE E CULTURA

Da arte pré-colombiana cubana existem muito poucos testemunhos, mas sabe-se que faz 4.000 anos já habitavam alguns grupos humanos. Encontraram-se restos de construções destinadas à jogos e cerimônias, assim como vasilhas de cerâmica muito simples e rudimentares.
Arquitetura
Nos anos da conquista e da colônia espanhola, graças à sua estratégica situação, Cuba converteu-se em objetivo desejado pelos corsários e piratas, pelo que a arquitetura daquela época centrou-se na constução de fortificações das que ainda ficam expoentes como o Castelo dos Três Reis (ou do Morro).
Apesar que La Habana funcionava como a residência do governador desde tempos anteriores, foi no ano de 1607 quando, por Real Decreto, convirtiu-se em capital. A cidade velha, em torno à Praça de Armas, conserva suas caraterísticas da época colonial e desenvolveu-se urbanísticamente de acordo ao traçado regular em damero. Seus belos palácios barrocos e suas igrejas guardam a história daqueles tempos. Declarada pela UNESCO Patrimônio Cultural da Humanidade, La Habana sobressae de entre muitas cidades coloniais da América Latina. Destacam a Catedral de estilo barroco "cubano" (quer dizer, mais sóbrio) ou o Palácio dos Marqueses de Aguas Claras, considerado como um dos mais belos exemplos da arquitetura colonial.
Pode-se dizer que a arte tive um desenvolvimento tardio, provocado sobretudo pela falta de mão de obra indígena e a ausência de bons materiais, à exceção das madeiras nobres, com as que realizaram, em base à desenhos de influência mudejar, balcões, grades, balaustradas, gelosias de janelas, etc. Entre as coinstruções mais representativas com este tipo de ornamentação destacam a do Convento de Santa Clara, construido entre 1638 e 1644. Das conhecidas como "sem ornamento" sobressaem as igrejas de São Francisco de Paula e a Igreja de São Francisco.
Durante o século XIX em Cuba desenvolvem-se importantes obras de qualidade, especialmente a construção de numerosos palacetes. No século XX, graças à presença de nunerosos arquitetos extrangeiros que trabalharam junto aos arquitetos cubanos, sobretudo pela Revolução Cubana, construem-se obras que destacam maiormente pelo ecleticismo. Um exemplo é o conjunto de Escolas de Arte de La Habana ou o Conjunto Rresidencial de Manicaragua, nos edifícios que formam a Cidade Universitâria.
Pintura
Quanto as artes plásticas as obras mais importantes provém dos séculos XIX e XX, especialmentre as producidas com a fundação da Associação de Pintores e Escultores, onde a tendência dominante era a exaltação da linha e a cor. Entre os numerosos pintores cubanos destacam as obras de Vicxtor Manuel, Amélia Peláez, Marcelo Pgolotty e Manuel Mendive, entre outros.
Teatro
Pode se dizer que as artes cênicas têm seu início com a representação de obras líricas, em clara vantagem sobre as clássicas. Ddiversos teatros foram construidos na primeira mitade do século XIX: no ano 1822 construe-se o Coliseu em Santiago de Cuba e em 1837 o Tacón em La Habana, atusal Teatro Nacional Garcia Lorca. Neles representaram-se zarzuela, ópera, teatro bufo (gênero de origem fancesa, onde a ironia e o jogo de palavras constituim o eixo central), assim como diversas obras de outra índole. Entre os autores do XIX, o precursor é Francisco Covarrubias, criador de sainetes.
No século XX vai-se desenvolvendo um teatro crioulo onde temas locais são representados; é neste contexto que desenvolve o teatro bufo. Por sua parte os Patronatos Teatrales favoreciam a proliferação de atores. A Revolução impulso o teatro e durante os anos 60 criou-se o Teatro Estudo, que levou aos cenários importantes obras. Nos 70 é o triunfo do teatro social, destacando o grupo Teatro Escambray. Entre os autores cubanos, Virgilio Piñera é um dos mais reconhecidos, junto à Carlos Felipe e os mais modernos Héctor Quintero e Abelardo Estorino.
O Balé Nacional de Cuba, criado com o triunfo da Revolução, tem dado figuras de talhe internacional como é o caso da bailarina Alicia Alonso.
Literatura
Quanto à literatura, a figura mais relevante e de maior influência foi nos começos José Martim, quem acreditava no futuro de uma sociedade multi-rracial e propunha a mestiçagem entre a língua e a tradição espanholas com as tradições americanas. Além de sua participação em diversos momentios na história política de Cuba, Martim escreveu numerosos ensaios, diversos artigos de política e história, assim como críticas literárias. Aliás, sua obra de maior prestígio são os "Versos Simples", publicados depois de sua morte no ano 1913. Também destaca o santiagueiro José Maríoa Heredua e Gertrudis Gómez Avellaneda, sem esquecermos de Cirilo Villaverde, autor de "Cecilia Valdés".
Quem plasmou como ninguém em seus versos a cultura afro-cubana foi o genial Nicolás Guillén. Dize-se que fue Alejo Carpentier o precursor do "Realismo Mágico" e entre suas melhores obras destacam "O Século das Luzes" e o "Reino deste Mundo".
Cinema
Até a chegada da Revolução o cinema visto na ilha é, sobretudo, de procedência extrangeira. Na década dios anos 50 começam aparecer nomes como Garcia Espinosa e Gutierrewz Alea, um diretor de cinema que até o seu falecimento faz uns anos tem dado ao cinema obras sumamente interessantes, desde filmes como "Memórias do Subdesenvolvimento", "Sete mortos à praço fixo" ou "O Burócrata", até outras que trascenderam as fronteiras como "Fresa e Chocolate".
Nos anos 60 o Instituto Cubano da Arte e Indústria do Cinema impulsa a aparição de novos talentos como Santiago Alvarez, Humberto Solás ou Manuel Octavio Gómez.
Dos contemporâneos citamos a Octavio Cortázar, Jorge Fraga, Enrique Poineda ou Juan Padrón, entre outros, este último especialista em animação.
Música
Quanto às expressões musicais Cuba foi um importante centro gerador de diversas tendências musicais. Na ilha executam-se rítmos que têm sua base na música de origem crioulo (e depois seria datada e modificada pelos escravos pretos, procedentes da África), pelo que o resultado é uma explosão de rítmos muito variados. Destacam a habanera, o danzón, a sandunguita (a sandunga é uma dança popular mexicana originária de Chiapas e típica da região de Tehuantepec e Oaxaca), o samba, de origem
brasileira, a cong, executada por grupops colocados em dupla fila e ao compasso de um tambor, o chá chá chá, derivado da combinação de determinados rítmos de rumba e mambo e, finalmente, a rumba, de orígem africana, o rítmo masis popular na ilha. Suas orígens remontam-se ao século XIX e, segundo algumas teorias, nasce ao misturar-se com os rítmos da habaneira, muito mais antiga que esta. Para sua execução são utilizados instrumentos de percusão.
Com o triunfo da Revolução inicia-se um forte movimento musical conhecido como a "Nova Trova Cubana" com temas comprometidos de alto conteúdo político e social. Destacam Pablo Milanés e Silvio Rodríguez.
O "feeling" surgiu em Cayo Hueso, popular bairro habaneiro; dize-se que é um "sentimento bolerizado", seus principais representantes são Cesar Portillo, Omara Prtuondo, José Antonio Méndez e Elena Burke.
O que fora de Cuba é conhecido como "salsa" vem do som cubano. Nasceu no Oriente a finais do século XIX e foi-se extendendo por tuda a ilha e nos últimos anos por parte do mundo. Entre os grandes soneros encontam-se Benny Moré, Generoso Jiménez, El Guayabero, Omara Portuondo, Juan Formell, Lázarro Herrera, Celeste Mendoza, Pancho Amat e o bem sucedido Compay Segundo, entre outros muitos.
Em casa, na rua, na praia, quañlquer lugar é bom para improvisar uma festa onde a dança e a música não podem faltar. La Habana está cheia de lugares parea bailar ou escutar "son", alguns são turísticos, mais outros, como o Salão Vermelho, são de ambiente muito cubano. Entre os instrumentos mais utilizados para tocar "son" estão a tumbadora (conga), o três, a guitarra, trombeta, maracas e claves, principalmente.






Escute agora um pouco da música de Cuba.


Economia de Cuba


A economia de Cuba recupera-se lentamente de uma séria recessão provocada pela retirada dos subsídios da antiga União Soviética (cerca de 4 a 6 bilhões de dólares anuais em 1990) e pelo rígido embargo comercial imposto pelos EUA desde 1962.
Turismo: Principal item da economia cubana.
Agropecuária: cana-de-açúcar, tabaco, banana, café, frutas cítricas, arroz, legumes e verduras.
Mineração: níquel, cromita, ferro, manganês, barro vermelho e pedra calcária.
Indústria: açúcar refinado, charutos e cigarros, cimento, fertilizantes, rum, tecidos, tijolos e telhas, industria farmacêutica e biotecnologia.
Exportação: níquel, açúcar refinado, rum, tabaco, charutos e cigarros.
Moeda: peso cubano.


Exportação
Os principais e tradicionais produtos de exportação de Cuba são:
Açúcar e seus derivados
Níquel - mais de 71,4 mil toneladas de níquel + cobalto por ano
Charuto - mais de 248,9 milhões de unidades por ano.
Café
Cimento
Rum
Entre os produtos não tradicionais de exportação de Cuba que foram duplicadas no período 1996-2000 estão:
Cítricos frescos industrializados
Aço
Produtos médicos farmacêuticos
Minérios
Óleos.


PIB - Produto Interno Bruto
Ano e peso, respectivamente em milhões do período de
1994 à 2000:
1994 - 12.868,3
1995 - 13.184,5
1996 - 14.218,0
1997 - 14.672,4
1998 - 14.754,1
1999 - 15.674,4
2000 - 16.556,4


Produto Interno Bruto per capita
Ano e peso, respectivamente em milhões do período de
1994 à 2000:
1994 - 1.175 1995 - 1.201 1996 - 1.290 1997 - 1.300 1998 - 1.327 1999 - 1.405 2000 - 1.478


Economia
No período de
1994 a 1999 a economia cubana cresceu uma média anual de 4,5%. Em 1995 o crescimento foi de 6,2%. No ano 2000 o crescimento atingiu 5,6%. Em 2001 o crescimento econômico foi de 3%, não sendo maior em virtude dos fatos ocorridos no cenário internacional que aprofundaram a crise econômica globalizada afetando todos os países. A passagem do furacão Michelle também causou um impacto negativo. A média do crescimento econômico mundial esteve em torno 1,3% e em nível latino-americano atingiu somente 0,5%. Em 2006 cuba teve o maior crescimento econômico de sua história (9,5%)
O turismo tem se convertido não só no setor que mais contribui para a economia do país, mas também no desenvolvimento econômico de Cuba. Desde
1990 até o ano 2000 a receita tem se multiplicado por oito ao crescer uma média anual de 23%, passando de 243,4 milhões de pesos em 1990 a 1940 milhões de pesos em 2000.


Divida Externa
A divida externa Cubana encontrava-se em
2000 em U$10961,3

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Política em Cuba


Cuba é uma república socialista onde o líder político é Fidel Castro, secretário-geral do Partido Comunista Cubano, único partido permitido pelo regime. Fidel está afastado do poder desde 1º de agosto de 2006, pela primeira vez desde a vitória da revolução, por problemas de saúde. O seu irmão Raúl Castro assumiu interinamente as funções de Fidel ( secretário-geral do Partido Comunista Cubano, comandante supremo das Forças Armadas e presidente do conselho de Estado)
A
Revolução Cubana (1959), liderada por Fidel e Che Guevara, teve apoio popular, até de não comunistas, pois os principais ideais dos revolucionários vitoriosos eram a soberania nacional e a soberania popular, pois Cuba era liderada pelo autoritário e impopular ditador Fulgencio Batista.
No entanto, Castro atrelou-se ao
socialismo soviético, recebendo apoio do líder soviético na época, Nikita Khrushchov, principalmente na compra do principal produto de exportação de Cuba, o açúcar.
Isto acabou resultando que
Cuba e EUA mantivessem relações diplomáticas tensas, que incluem uma tentativa fracassada de invasão da ilha no episódio conhecido como Baía dos Porcos. Ver também a Crise dos mísseis de Cuba. Essas relações tensas mantêm-se até aos dias de hoje, como visível nos discursos anti-americanos de Fidel Castro e nas posições diplomáticas dos EUA, que mantém sanções econômicas condenadas por 15 vezes pela Assembléia das Nações Unidas à ilha castrista.